As DTHA são doenças causadas pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos no mundo, podendo ser causadas por bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas intestinais oportunistas ou substâncias químicas.
Além disso, a alteração do comportamento das doenças diarreicas agudas (DDA), como a notificação/identificação de casos de DDA acima do esperado para determinado período e território, também sinaliza a possibilidade de ocorrência de surto de DTHA e, portanto, deve ser investigada.
Atualmente Santa Catarina vem sofrendo com o aumento no número de casos de DDA, conforme vem sendo veiculado pelos meios de comunicação. Isso nos obriga a aumentar os cuidados e atenção ao monitoramento da água utilizada para consumo humano e, nesse aspecto, turbidez e cloro residual livre são elementos fundamentais a serem rigorosa e continuamente analisados, pois:
- turbidez: os sólidos suspensos que são os responsáveis pela turbidez podem servir de abrigo para organismos patogênicos. Por isso é importante a manutenção da turbidez pós filtração em 0,5uT, no caso de filtração rápida, e 1,0 uT para a filtração lenta. Na rede de distribuição, a turbidez não pode ultrapassar oVMP de 5,0 uT.
- cloro residual livre (CRL): a aplicação do cloro na água serve de garantia para a inexistência de bactérias e partículas nocivas à saúde humana, que poderiam provocar surtos de epidemias. A desinfecção é o processo de tratamento para a eliminação dos microrganismos patogênicos eventualmente presentes na água.
Os vírus são mais resistentes aos processos de desinfecção e, portanto, exigem parâmetros de controle de desinfecção adequados à sua inativação - cloro residual livre mínimo de 0,5 mg/L, tempo de contato mínimo de 30 minutos e pH da água inferior a 8. Desta forma, para manter o residual mínimo exigido nas pontas de rede (0,2 mg/L), é mais seguro garantir o residual indicativo de uma eficiente inativação de vírus na saída do tanque de contato (> 0,5 mg/L).